Um dia de sol sobre o paraíso artificial
Manaus e caos dá rima.
Desde a saída dos ingleses no controle da urbanização da cidade, ela vem sofrendo estupros em cima de estupros.
Até virar uma grande favela horizontal, espalhada e em alguns pontos maquiada.
O conceito de calçada que marca a presença de seres humanos dentro de um espaço urbano em Manaus não existe.
É uma cidade boçal que se pensa sem gente pedestre.
Todo ser humano é pedestre.
O carro entra na vida da pessoa depois.
A falta de conceitos sobre civilidade e urbanização humanizada passa longe das pessoas.
Até as calçadas são feitas para carro ocupar.
Essa é a regra, não a exceção.
Os belos prédios da parte maquiada da cidade jogam dejetos no igarapé do Mindú.
Estão preparando uma grande torta de bosta a céu aberto para os próprios filhos consumirem no futuro próximo.
São paraísos artificiais onde a beleza e o caos se entrechocam.
Onde a beleza da canoa do beiradão é substituída por uma avalanche de gente motorizada sem respeito.
Objeto fácil para governantes corruptos.
Fora isso, o sol está deixando o domingo lindo!
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