Elite preconceituosa de Sampa não quer metrô

E o governo paulista atendeu.
O governo não vai construir a estação do metrô na Avenida Angélica em Higienópolis, berço do tucanato paulista.
Lá moram Serra, FHC e outros da realeza tucana.
Higienópolis ou Cidade da Higiene é um bairro elitista.
Os moradores de Higienópolis protestaram contra a construção de uma estação de metrô na Avenida Angélica.
Rejeitam a presença de “pessoas diferenciadas” e temem “ocorrências indesejáveis”
As empregadas domésticas, porteiros e pessoas que trabalham na região que venham de busão mesmo.
Tá certo. Metrô é coisa de pobre mesmo.
Essas são as mesmas pessoas que dizem que os aeroportos viraram um inferno porque a classe C (os antigos “pobres”) pode comprar passagens.
Não teria nada a ver com anos de descaso e falta de investimentos no setor aéreo.
São as mesmas pessoas que não enxergam a fina ironia do destino quando se sentem discriminados em suas viagens aos Estados Unidos e à Europa, reduzidos a “brazucas”.
Afinal, antes de serem cidadãos brasileiros, são cidadãos de uma classe que se pensa melhor, ou com mais direitos.
Esse status deriva do privilégio e depende quase que exclusivamente do esforço segregacionista.
Porem um governo não pode deixar de construir um metrô por causa dessas pessoas elitistas.
Um governo não pode dividir uma cidade em duas.
Isso é um governo construindo um apartheid.
O metrô da Avenida Angélica não vai ser construído.
Se essa gente ganha novamente para a presidência do Brasil, o Brasil seria assim.
Um Brasil de um lado e um Brasil do outro.
De São Paulo pra cima tudo é pescoço.
A elite paulista pensa assim.