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Mostrando postagens de 2009

Enfim um reveillon sóbrio

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Comecei a beber aos nove anos de idade em um revellon na Rua Lauro Muller no bairro da Urca no Rio de Janeiro na casa de tias. Eu e um primo roubamos uma garrafa de vinho barato de cima da mesa farta e fomos beber com outra prima da mesma idade no vão da escada do prédio. Depois a família toda foi ver queima de fogos na Praia Vermelha e eu bêbado pra caralho. Gostei tanto da sensação que não parei até o dia de hoje, meu primeiro revellon sóbrio aos quarenta e oito anos de idade. Resolvi passar com meus pais o primeiro ano novo completamente de cara e não achei ruim, descobri ao acaso as delicias da sobriedade, e como estou na casa deles espero que não seja só mais um surto de sonso. Para passar o tempo resolvi conversar inutilidades com amigos pela rede. Encontro uma amiga de Manaus que tem alma de ema, feminino de emo, odeia alegria e principalmente alegria histérica coletiva de fim de ano, portanto fica em casa mais deprimida que o normal, falando mal da grande bobagem que é ficar fe

Feliz ano novo querida

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Hoje e sempre que possamos ser bregas, piegas, ridículos e kits pois essa talvez seja a ultima forma de se tentar a felicidade momentânea anestésica, fugaz e passageira que a raça humana ousa experimentar em átimos de segundos na sua brevíssima passagem por esse belo planeta azul. Sejamos felizes sempre que possível pois não existe nada mais cretino que alma clarisselizpectariana que cultua a dor. Ser emo nem pelo caralho. Tenta não se levar tão a serio e felicidades meu amor.

Decidindo começar a viver

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Perdi vinte em vinte e nove amizades Por conta de uma pedra em minhas mãos Embriaguei morrendo vinte e nove vezes Só aprendendo a viver sem você Já que você não me quer mais passei vinte e nove meses num navio E vinte e nove dias na prisão E aos vinte e nove com o retorno de saturno Decidi começar a viver Quando você deixou de me amar Aprendi a perdoar e a pedir perdão E vinte e nove anjos me saudaram E tive vinte e nove amigos outra vez Tudo recomeça Yarinha

Papai Noel não é neo-ambientalista

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Depois da COP 15 aqui em Copenhague resolvi passar o natal na Lapônia, terra do Papai Noel já que estou tão perto. Pedi para minha amiguinha chamar seus amigos ambientalistas pra gente tentar esquecer o fracasso da reunião mundial sobre o clima e tentar fazer uma festa de natal nas terras do velho traíra que deu um presente tão fuleiro esse ano. Pegamos um ferry boat na Dinamarca direto pra Oulu no Mar Baltico finlandês. Minha amiga chamou seus amigos Neo-Ambientalistas Criados em Cativeiro (NAC²) com seus modelitos new-hippie com cara de Daspu comprados na Daslu e fomos enchendo a cara de hidroponados até a Lapônia. Evidentemente estávamos todos cabisbaixos e putos da vida mas resolvidos a dar o trôco. Para tentar melhorar o astral resolvi abrir uma garrafa de Santo Daime que tinha comprado em uma loja de bebidas em Amsterdã dias atrás, já que é uma bebida ritualística muito apreciada no meio ambientalista. Ver a aurora boreal da Lapônia em estado de borracheira deve ser algo mágico

O Papai Noel generoso de Copenhague

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Na reunião sobre o clima em Copenhague na Dinamarca tem um Papai Noel mais sacudo que o normal. Enquanto o Papa Noel africano passa por cima do continente dizendo que não vai dar presentes para criancinhas que não comem, o da rica Dinamarca está soltando bilhões de dólares para comprar gás carbônico, na verdade peido das vacas e dos indígenas comedores de farinha, a flatulência amazonica . Por isso que tem tanta autoridade política, ONGS e afins se esbofeteando pelo dinheiro verde. As somas que eles falam na televisão lembram aqueles números dos astrofísicos quando falam das dimensões do universo e da velocidade da luz. Coisa difícil para um cérebro humano dimensionar. Esse natal vai ser gordo para alguns eleitos. Claro que nada na vida é de graça. A Amazônia na certa vai ser emprenhada nessas rodadas de negociações, e com os 23 milhões de não humanos que habitam nela. No pacote devem entregar com paca, tatu, cotia acho que não. O governador verde do Amazonas, Eduardo Braga, Amazonino

Minha Menina Recouver

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Letra trocada do Arnaldo Antunes Eu trato muito mal minha menina Um dia ela vai puxar o carro Da minha barba mal feita, meu catarro Um dia ela vai encher o saco Eu trato muito mal minha princesa Um dia ela vai virar a mesa O meu olhar só vê o meu umbigo Um dia ela não vai ficar comigo Eu olho para ela com desprezo Como um déspota destrata uma empregada Das grades do orgulho onde estou preso Eu maltrato a minha namorada Meu terno engomado, meu perfume Meu tédio, meu remédio digestivo Meu eterno pesadelo de ciúme Um dia desses ela vai me dar motivo E ficar sem migo E ficar sem migo E ficar sem migo sim Vai ficar sem migo Vai ficar sem migo Vai ficar sem migo só Eu trato muito mal minha pequena Um dia ela vai sair de cena E o remorso vai me torturar sem pena Quando a vir ao lado de outro no cinema Eu trato muito mal o meu amor Não rego com carinho a minha flor Depois de ver o que eu já fiz Com certeza ela vai sumir de vez Vai sumir sem migo Vai fugir sem migo Vai sumir sem migo sim E fica

METAL CONTRA AS NUVENS

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RENATO RUSSO Não sou escravo de ninguém Ninguém é senhor do meu domínio Sei o que devo defender E por valor eu tenho E temo o que agora se desfaz Viajamos sete léguas Por entre abismos e florestas Por Deus nunca me vi tão só É a própria fé o que destrói Estes são dias desleais Eu sou metal Raio, relâmpago e trovão Eu sou metal Eu sou o ouro em seu brasão Eu sou metal Sabe-me o sopro do dragão Reconheço meu pesar Quando tudo é traição O que venho encontrar É a virtude em outras mãos. Minha terra é a terra que é minha E sempre será Minha terra Tem a lua, tem estrelas E sempre terá Quase acreditei na tua promessa E o que vejo é fome e destruição Perdi a minha sela e a minha espada Perdi o meu castelo e minha princesa Quase acreditei, quase acreditei E, por honra, se existir verdade Existem os tolos e existe o ladrão E há quem se alimente do que é roubo. Mas vou guardar o meu tesouro Caso você esteja mentindo. Olha o sopro do dragão (4x) É a verdade o que assombra O descaso que condena A e

Amar não é pra qualquer um

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Quem levou tôco sabe, como a raposa que não alcança as uvas e passa a ter ódio delas. Desejar e não ter o objeto do desejo desperta a infantilidade enrustida. Melhor dar tôco do que levar. Levar tôco nem cristão legitimo agüenta. Quem leva tôco fica zil anos no purgatório dos otários, pois jacaré tem pra tudo que é lado e onça pintada não come bambi porque não tem, mas pega macaco, porco do mato, paca, tatu...cotia não. Filosofia zoo zen ajuda pra caramba a entender as sequelas da vida. Algumas meninas quando passam por tôco vão e dão pra curar as cicatrizes da rejeição e continuam se sentido só, mas adorariam ser Clarisse Lispector e poder dizer “gênero não me pega mais, estou em um estado novo e curioso”. Um bom samba canção e dentro dela não há nem eu...sem ela...e seu olhar melhora o meu.

A Tôuca do Noel

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O natal sempre dá um bode preto. Toda pessoa que faz algum tipo de reflexão histórica, filosófica, empírica sobre a vida, acha o natal uma festa vazia, imposta por culturas alienígenas e completamente sem sentido. A cultura consumista que envolve a data é tão alienante que muita gente simplesmente odeia o natal. Eu sou um. Porém resolvi não mais me importar com isso. Resolvi que não vou mais me incomodar quando a povo elege de novo políticos corruptos, quando o juiz erra sempre pro time mais poderoso, tipo São Paulo, quando a coisa acaba quando a festa esquenta e quando a gostosa sai com o cara que tem a coisa, e principalmente me importar com datas chatas que enchem o saco, tipo, natal e dias dos namorados. A solução encontrada é cair na gandaia também, festejar como todo mundo. Só que do meu jeito. Então pensei em uma festa pré natalina chamada “A Touca do Noel”. Seria uma espécie de esquenta pro carnaval, onde só entra quem vai de touca de Papai Noel, solamente, mas sem a obrigatori

A luz que vem do daime

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Ayahuasca, nome quíchua de origem inca, refere-se a uma bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó Banisteriopsis caapi e folhas do arbusto Psychotria viridis. É também conhecida por yagé, caapi, nixi honi xuma, hoasca, vegetal, Santo Daime, kahi, natema, pindé, dápa, mihi, vinho da alma, professor dos professores, pequena morte, entre outros. O nome mais conhecido, ayahuasca, significa "liana (cipó) dos espíritos". Utilizada pelos incas e também por pelo menos setenta e duas tribos indígenas diferentes da Amazônia. É empregada extensamente no Peru, Equador, Colômbia, Bolívia. No Brasil faz parte do ritual de varias seitas. Acreditando na possibilidade de que só se pode ser feliz pagando mico, fui a uma sessão ritualística que tem como pratica uma nova forma de beber a ayahuasca, santo daime ou o nome que se queira dar a bebida. Um amigo, o Raymond de Sá, o Bárbaro, trouxe de Brasília, da mística região do Vale do

Intervenção federal no Amazonas já!

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A decisão dos juízes do TRE a favor do Amazonino Mendes é uma prova que o estado do Amazonas está entregue a uma gang política que trata a coisa publica como um feudo, como um morro do Rio de Janeiro, onde a lei quem faz são eles. Na hora do julgamento, na primeira fila para pressionar o TRE estava o Roberio Braga, compassa de primeira ordem do grupo. Se bem que o TRE já estava no papo desde que o Eduardo Braga deu cargo vitalício no Tribunal de Contas para o filho do juiz eleitoral Ari Moutinho. O Amazonas é um feudo político onde uma organização criminosa travestida de políticos está no poder a 25 anos. Quando o Boto Tucuxi, vulgo Gilberto Mestrinho, voltou do exílio e disse no aeroporto Eduardo Gomes que ficaria no mínimo 25 anos no poder ele não estava brincando. Ficou até sua morte encastelado nele e deixou herdeiros. Diplomou Amazonino que diplomou Eduardo Braga, Alfredo Nascimento, Robério Braga e a Ana Maria Braga, que juntos fundaram a dinastia Braga. Pra poder controlar as va

O terrorismo midiático no ouvido penico

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O Irã tem um programa nuclear que provoca suspeitas nos Estados Unidos e, por conseqüência, no PiG - Partido da Imprensa Golpista (Rede Globo, Folha de São Paulo, Estadão e a revistinha Veja, etc). Israel tem bomba atômica, o que não provoca suspeitas nos Estados Unidos e, por conseqüência, no PiG. O Irã diz que o programa nuclear é para fins pacíficos. O Irã desenvolveu uma tecnologia original dentro da cadeia da indústria nuclear. O Brasil, o maior produtor de urânio do mundo, tem um programa nuclear e desenvolveu uma tecnologia original para processar urânio. O Brasil defendeu essa tecnologia com unhas e dentes para evitar cópias piratas. O Irã diz que defende a sua tecnologia original também com unhas e dentes e, por isso, dificulta o acesso dos Estados Unidos ao seu programa. O Brasil, aparentemente, não quer fazer a bomba. Essa seria uma das heranças malditas do governo FHC, pior do que a indicação de Gilmar Dantas (**) para o Supremo. Fazer ou não a bomba é um problema que a soc

Só intervenção federal no Amazonas resolve

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O Amazonas é um feudo político onde uma organização criminosa travestida de políticos está no poder a 25 anos. Quando o Boto Tucuxi, vulgo Gilberto Mestrinho, voltou do exílio e disse no aeroporto Eduardo Gomes que ficaria no mínimo 25 anos no poder ele não estava brincando. Ficou até sua morte encastelado nele e deixou herdeiros. Diplomou Amazonino que diplomou Eduardo Braga, Alfredo Nascimento, Robério Braga e a Ana Maria Braga, que juntos fundaram a dinastia Braga. Pra poder controlar as varias esferas do poder, eles foram montando núcleos no legislativo e no judiciário onde existem os subgrupos. No legislativo tem a turma que age em família nos moldes máfia siciliana como os Souza que ficaram com a parte baixa e suja dos negócios, dos Lins que ficaram com as empreiteiras e construtoras onde se inclui o Pauderney Avelino e outros, dos evangélicos que apóiam todas as decisões do executivo sem nem olhar pra Cristo, e a indefectível bancada dos pseudo jornalistas apresentadores de tele

O Sol e A Lua

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ARNALDO ANTUNES O Sol pediu a Lua em casamento disse que já a amava há muito tempo Desde a época dos dinossauros, pterodátilos, tiranossauros.. Quando nem existia a bicicleta nem o velotrol nem a motocicleta Mas a lua achou aquilo tão estranho, uma bola quente que nem toma banho Imagine só ___ tenha dó Pois meu coração nao pertece a ninguém Só a inspirações de todos os casais, dos grandes poetas aos mais normais Sai pra la rapaz! O Sol pediu a Lua em casamento, E a Lua, disse: Não sei, não sei, não sei Me dá um tempo. E 24 horas depois o Sol nasceu a Lua se pôs e.. O Sol pediu a Lua em casamento, E a Lua, disse: Não sei, não sei, não sei Me dá um tempo. O Sol congelou seu coração Mas o astro rei Com todos os seus planetas, Cometas, asteroides, Terra, Marte, Vênus, Netúnos e Urânos Foi se apaixonar justo por ela, Que o despresa e o deixa esperar. Acontece que o Sol não se conformou Foi pedir ao Vento para lhe ajudar, Mas o Vento nem se quer parou Pois não tinha tempo para conversar O So

Nós vimos o holocausto na TV

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O bom de viver em São Paulo é que o mundo todo está aqui, tem gente de todo canto do planeta de todos os credos e etnias. Com a visita oficial do presidente eleito do Irã, o impronunciável Mahamoud Ahmadinejad no dia 23 de novembro, umas 1.500 pessoas fizeram uma manifestação contra a visita dele, principalmente grupos religiosos e claro, por motivos óbvios, a comunidade israelita paulista. Boris Ber, um dos organizadores é presidente da Federação Israelita de São Paulo, disse que a manifestação não é contra o povo do Irã mas contra o presidente “que nega deliberadamente o holocausto” e prega o fim do estado de Israel. Na manifestação tinha bispo evangélico e até o babalorixá Francisco de Osun (o meu é Ogum) que disse que o “presidente podia visitar o Brasil a negócios, só não podia ameaçar outros povos durante a visita”. Gostaria de saber onde estava toda essa gente quando os modernos aviões de guerra israelenses armados com os infalíveis mísseis inteligentes estavam bombardeando esc

A pauta da puta

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A Rede Globo, A Folha de São Paulo, O Estadão, a revistinha Veja, são o baluarte do PIG (Partido da Imprensa Golpista) que por ódio de classe e viés ideológico tentam derrubar um presidente eleito porque são viciados em ditadura já que foram criados durante a ditadura militar e pensam que ainda tem a pauta do pensamento da sociedade brasileira. Assim como a oposição está sem rumo, sem plano ou projeto, a imprensa golpista também está perdendo a pauta, pelo simples fato de ser puta, sem querer sacanear a honrosa profissão. Acordar com a Miriam Leitão, a urubologa de plantão e sua trombeta do apocalipse, sem falar de sua beleza estonteante, e dormir com o William Waack e sua cara de vampiro contrariado apregoando o fim dos tempos é de fazer um mortal nunca mais ligar televisão. Enquanto a elite empresarial paulista não perceber que São Paulo não é mais a locomotiva do Brasil, porque o Brasil não é mais um trem colonial e mesmo porque enquanto essa elite esteve no poder não construíram um

O efeito manada paulista

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A estudante de Turismo Geisy Arruda sofreu bárbaro assédio coletivo no dia 22 de Outubro, e quase foi estuprada por 700 alunos. Em anúncios cinicamente publicados nos jornalões paulistas de quinta categoria, pertencentes ao PIG (Partido da Imprensa Golpista), a Universidade Bandeirante –UNIBAN, anuncia que decidiu expulsar a aluna. A universidade preferiu punir a vítima e inventar uma justificativa canalha para o espetáculo do bullying, registrado por câmeras dos próprios alunos. Seria cômico se não fosse trágico. A Uniban, mais uma das uniesquinas do Brasil, considera "defesa do ambiente escolar" a agitação do bando que ameaçava estuprar a colega e que a perseguiu aos gritos de "puta, puta, puta". Em "Psicologia das Multidões", Gustave Le Bon refere-se com clareza ao fenômeno da sugestão em movimentos de multidões, vulgarmente chamado de efeito manada. Alheia a valores e princípios, a Uniban pautou-se unicamente pela doutrina da preservação do lucro.

Meu ouvido virou pinico

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O PIG (Partido da Imprensa Golpista) formado pela Rede Globo, Grupo Folha, Estadão e a revistinha Veja e afins, que obedecem à agenda da elite empresarial paulista e tem como projeto estabelecer no Brasil uma republica governada eternamente por quem tem a grana, a elite empresarial paulista, está dando a direção, o norte para a oposição, completamente perdida e abobalhada com os números e os índices do governo Lula. E todo mundo sabe quem manda nos jornais do PIG, os empresários da elite paulista. Sai no jornal de manhã um possível escândalo, a tarde um senador do DEM ou do PSDB pede CPI e a noite dá com estardalhaço no Jornal Nacional. Essa formula está tão manjada que está cansando o telespectador que não vê a hora da novela começar. E o PIG ainda não percebeu que esse esquema não está funcionando. Hoje está sendo julgado no STF o senador Geraldo Azeredo - PSDB, partido que é à base da elite empresarial paulista, acusado de ter inventado o esquema chamado mensalão, começando a repass

Indios

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Quem me dera, ao menos uma vez, Ter de volta todo ouro que entreguei A quem conseguiu me convencer que era prova de amizade Se alguém levasse embora até o que eu não tinha Quem me dera, ao menos uma vez, Esquecer que acreditei que era por brincadeira Que se cortava sempre um pano de chão De linho nobre e pura seda. Quem me dera, ao menos uma vez, Explicar o que ninguém consegue entender: Que o que aconteceu ainda está por vir e o futuro não é mais como era antigamente. Quem me dera, ao menos uma vez, Provar que quem tem mais do que precisa ter Quase sempre se convence que não tem o bastante E fala demais por não ter nada a dizer Quem me dera, ao menos uma vez, Que o mais simples fosse visto como o mais importante, Mas nos deram espelhos E vimos um mundo doente. Quem me dera, ao menos uma vez, Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três E esse mesmo Deus foi morto por vocês É só maldade então, deixar um Deus tão triste Eu quis o perigo e até sangrei sozinho Entenda, assim pude trazer

Ode aos despeitados

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Muita gente critica o trabalho do vitalício secretário de corte e costura do Amazonas. Alguns despeitados o chamam de Robélio Braga, coisa de gentinha, né não?! Criticam porque ele expulsou as beatas devotas de São Sebastião, tirando da praça a tradicional quermesse anual do santo que dá nome ao Largo, espremendo-as na calçada do Bar do Armando, só pra dar mais espaço pro tapete vermelho anual que ele estica para passar os atores globais talentosos quando vem buscar seus cachês altíssimos e se refestelar nas festas do Negão regada a uísque bancado com nosso dinheiro. Quem critica é porque não foi convidado da festa, gente provinciana, com falta de visão, despeitados que não percebem o sonho do secretário, um homem que pensa Manaus com sua vocação de Paris dos Trópicos, que vive a belle epoque na sua essência, um homem culto, que ouve opera no jantar e que cultiva o excelente hábito de andar de carruagens pelas ruas de pedra do centro, ouvindo jazz. O fato é que o populacho ladra e a ca

Ah...ah aaaah..sou véio gagá.

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Bom ouvir Arnaldo Antunes quando diz “quero envelhecer para ser um velho gagá...”. Muito bom envelhecer. Cara...”a barba vai caindo , os cabelos vão sumindo pra cabeça aparecer, e o tempo vai dizendo que agora é pra valer, os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer”. Viva o meu mal de alzaimer. Bruuuuuuuu.

O irreversível destino do Emo Sapiens

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Raimundo nasceu às margens do Rio Jaú no Amazonas, filho de caboclos descendentes de índios da Amazônia. Aos 10 anos de idade seus pais foram obrigados a abandonar a região, pois ela havia se transformado em reserva ambiental e a ONG que administra a área proibiu a entrada dos regatões, barcos regionais que fazem o comercio pelos rios, levando insumos básicos a sobrevivência dos caboclos já integrados ao modo de vida branco. Quando a sua família chegou à Manaus, foram jogados na indigência, pois não eram nem índios e nem brancos, e a vida dura em uma cidade grande os levou a morar nas ruas. Seu pai em pouco tempo estava roubando e traficando e sua mãe se prostituia. Quanto ao Raimundo, passava seus dias andando pelas praças do centro da cidade cheirando cola de sapato com bando de meninos abandonados. Aos 13 anos encontrou um padre que trabalha com resgate de indigentes, e tem preferência por meninos adolescentes. Na condição de protegido do padre pedófilo, ele começou a ter experiênc

De novo o Complexo de Vira Latas

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Complexo de vira-lata é uma expressão criada pelo dramaturgo e escritor brasileiro Nelson Rodrigues, a qual originalmente se referia ao trauma sofrido pelos brasileiros em 1950, quando a Seleção Brasileira foi derrotada pela Seleção Uruguaia de Futebol na final da Copa do Mundo em pleno Maracanã. O Brasil só teria se recuperado do choque (ao menos no campo futebolístico) em 1958, quando ganhou a Copa do Mundo pela primeira vez. Para Rodrigues, o fenômeno não se limitava somente ao campo futebolístico. Segundo ele, por 'complexo de vira-lata' entendo eu, é “a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”. Ainda segundo Rodrigues “o brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima”. O Brasil está passando novamente por isso. Um bando de brasileiros idiotas não se acham grande o suficiente para administrar uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada

A sauna gay indígena londrina

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Manaus está coberta de fog. A cidade está tão enfumaçada que parece Londres. Os caboquinhos estão realizando um sonho antigo. Ser inglês. Esse é um desejo atávico da classe média manauara. Agora a cidade está à cara de Londres e de São Paulo, é só fumaça e engarrafamento. Somos uma metrópole enfim. O calor de cinqüenta graus é um detalhe de fundo. O lance é a inserção, nem que para isso tenhamos que viver numa cidade onde o calor faz colar os ovos e gelatinar os bogas. A solução pensada é cortar todas às arvores e pôr carpete em tudo, carpete verde, imitando a grama da Inglaterra que na verdade é grama do planalto andino peruano, cobrir com uma grande esfera de vidro, por ar condicionado e ter metrô de superfície cortando os céus. Por conta desses delírios não vi que minha urina estava molhando minhas patas no banheiro sujo do Castelinho, bar no centro da cidade, refugio de neo metaleiros, punks, lésbicas de ocasião, bibas travestidas de roqueiros pesados e neo-ambientalistas criados e

Ahhhh.....esse Lula!

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O Cronica Bipolar republica texto do Blog do Leandro Fortes. Lula poderia ter agido, como muitos de seus pares na política agiriam, com rancor e desprezo pelo Rio de Janeiro, seus políticos, sua mídia, todos alegremente colocados como caixa de ressonância dos piores e mais mesquinhos interesses oriundos de um claro ódio de classe, embora mal disfarçados de oposição política. Lula poderia ter destilado fel e ter feito corpo mole contra o Rio de Janeiro, em reação, demasiada humana, à vaia que recebeu – estranha vaia, puxada por uma tropa de canalhas, reverberada em efeito manada – na abertura dos jogos panamericanos, em 2007, talvez o maior e mais bem definido ato de incivilidade de uma cidade perdida em décadas de decadência. Vaiou-se Lula, aplaudiu-se César Maia, o que basta como termo de entendimento sobre os rumos da política que se faz e se admira na antiga capital da República. Fosse um homem público qualquer, Lula faria o que mais desejavam seus adversários: deixaria o Rio à próp

Engarrafamento é coisa chic

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Manaus já pode ser chamada de metrópole. Somos que nem São Paulo, Rio, Nova York. Se vacilar nosso engarrafamento é maior. Dá para ver a cara de prazer dos nossos caboquinhos dirigindo seus automóveis, presos nos intermináveis engarrafamentos que nos enchem de orgulho, nos fazendo sentir parte da modernidade, da inserção global, do progresso. Dá prazer ver a cara de orgulho dos nossos nativos pilotando lentamente, languidamente seus automóveis reluzentes, querendo esquecer as canoas que até pouco tempo os levava para os rincões amazônicos. Tanto que até dirigem carros como se fossem canoas, ao sabor do remanso. Lindo mesmo vai ser quando finalmente os viadutos estiverem prontos. Que felicidade! Poder ver o mundo do alto, aos seus pés, e de lambuja de dentro dos seus brinquedinhos poderosos. Pena que os viadutos daqui tem tendência a cair, mesmo antes de usar. Mas isso é detalhe. Como pedestre e despeitado que sou, tenho que andar pelas ruas sem calçada porque rua é só pra carro, e entr

Pela CPI da imprensa já!!

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O caso de Veja por Luís Nassif O maior fenômeno de anti-jornalismo dos últimos anos foi o que ocorreu com a revista Veja.Gradativamente, o maior semanário brasileiro foi se transformando em um pasquim sem compromisso com o jornalismo, recorrendo a ataques desqualificadores contra quem atravessasse seu caminho, envolvendo-se em guerras comerciais e aceitando que suas páginas e sites abrigassem matérias e colunas do mais puro esgoto jornalístico. Para entender o que se passou com a revista nesse período, é necessário juntar um conjunto de peças. O primeiro conjunto são as mudanças estruturais que a mídia vem atravessando em todo mundo. O segundo, a maneira como esses processos se refletiram na crise política brasileira e nas grandes disputas empresariais, a partir do advento dos banqueiros de negócio que sobem à cena política e econômica na última década.. A terceira, as características específicas da revista Veja, e as mudanças pelas quais passou nos últimos anos. O estilo neocon De um

Saudade do tempo dos corruptos

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Adail Pinheiro, prefeito de Coari, homem ligado ao Eduardo Braga, o governador “verde” o homem do “orgulho de ser amazonense”, foi preso novamente pela Policia Federal. A policia atirou numa investigação de corrupção e acertou em crimes que envolvem pedofilia, cafetinagem de menores e crianças. Lendo os jornais do glorioso Amazonas, dá até saudade dos bons tempos dos políticos que só roubavam o dinheiro publico, só cometiam crimes de colarinho branco. Ou ao menos sabiam fazer mais bem feito os seus crimes, eram mais elegantes na aparência. Essa herança política que o Boto Tucuxi deixou, esse legado de 25 anos, só vem se deteriorando pelas gerações de políticos de quinta categoria formados pelo bando. Antes tinham as bichinhas colunistas sociais que freqüentavam o Salão dos Espelhos do Rio Negro e do Ideal Clube, promoviam concursos de miss com as adolescentes da cidade, que eram depois cafetinadas para os poderosos, que pagavam o serviço com o dinheiro publico desviado. Agora não, até

Pela CPI da Imprensa já!!

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Globo aplica o golpe do bilhete (nos moradores de Heliópolis) por Luiz Carlos Azenha Para quem ainda leva o Jornal Nacional a sério, os distúrbios em Heliópolis, a maior favela paulistana, foram causados por protestos... convocados por um bilhete, que prometia a distribuição de cestas básicas. Um bilhete assinado por Tiras. Que eu poderia ter escrito. Você. O Zé das Couves. A Globo não só apresentou como real essa teoria, como fez uma afirmação cômica, de tão acintosa: "Até agora as cestas básicas não foram distribuídas". Vai ver que foram. Taí algo que eu, se organizador de um protesto, não faria diante da polícia, nem das câmeras de TV, nem de repórteres. É uma versão tão fantasiosa quanto a idéia de que uma pessoa colocaria a própria vida em risco em troca de uma cesta básica... Como se a morte de uma adolescente de 17 anos, mãe de uma criança, não valesse absolutamente nada. Como se as manifestações não acontecessem dentro de um contexto social. Houve outros episódios rec

A guerra da granola

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Surfando pela internet li em um site que iria haver um workshop sobre aquecimento global com a Amazônia, coitada, de pato na estória. Eu continuo achando que a Califórnia polui mais que a Amazônia, mas ninguém me ouve. Como tava de bobeira enfiando peido em cordão, resolvi ir conferir o que ia rolar de novo no repetitivo debate. Ao chegar encontrei uma amiga que há anos não via. Ela estava mudada, estava mais hippie, mas despojada, mais largada. Usava um vestidão tipo indiano caiçara new-hippie todo estiloso, devia ser caro, tinha etiqueta Forum e tudo. Sentamos juntos e ficamos de papo pseudo cabeça até percebermos que estávamos incomodando os demais na sala do debate. Resolvemos sair e fui convidado por ela pra esticar até sua casa, comer, beber e conversar. Topei de primeira e entramos no seu fusquinha 69 amarelo, uma graça, uma verdadeira proteção antifurto, nenhuma ladrão em sã consciência roubaria aquilo. Passamos em um supermercado antes, eu empurrando o carrinho e ela enchendo

Delírio paranóico de sequelado xenófobo II

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O Obama é um grande vaselina . Que negão safado. Fez uma media acabando com o embargo covarde e ineficiente a Cuba e agora vai construir bases militares na Colômbia de olho na Amazônia. Dessas bases eles podem voar em caças sem escala até a Ilha de Marajó no Pará e até o Mato Grosso do Sul, cobrindo toda a extensão da Amazônia Legal. Os USA reativaram a Quarta Frota da Marinha de Guerra, que se encontrava desativada desde o fim da guerra fria. Afinal os cucarachos do sul não tinham como reagir ao controle político da maior e mais armada potencia atômica do mundo, pensavam eles, portanto está tudo tranqüilo no nosso quintal. Esses foram os eventos que deflagraram os meus delírios paranóicos, e de acordo com eles, existem vários motivos para a reativação desse aparelho de guerra. Motivo um. A Venezuela, um dos maiores fornecedores de petróleo para os ianques, com o Hugo Chaves no poder, mantém uma política antiamericana, insuflando outras republicas bananeiras a fazê-lo. Anda comprando A

Manauara e o cabrito bom

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“Cabrito bom não berra” é um termo usado por ladrões da periferia de Manaus, e provavelmente de origem nordestina. “Cabrito” significa produto de roubo e o fato de ele não berrar quer dizer que não haverá problemas com o crime. Que não haverá delação, que não ocorrerá problemas com a polícia, etc. O Manauara por ter sido governado muito tempo por uma elite que foi se sucedendo uma atrás da outra durante quase os quinhentos anos após a colonização européia, principalmente nos últimos vinte e cinco anos depois da abertura e da redemocratização do Brasil, onde uma elite política se empolerou no poder e corroeu todas as estruturas sociais instalando um governo onde a corrupção, a intimidação e a privação dos direitos dos cidadãos é uma pratica comum, tornou-se um cara passivo, (no bom sentido, claro) que raramente briga por seus direitos, ficou com fama de povo pacífico, amistoso e condescendente, tirado de otário na maioria das vezes. Assim vai se tornando um cabrito bom, que não berra, e

Demerol, Tomeflu, Sarney e a imprensa bandida

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Recebi o email de uma amiga que repassou uma lista que está circulando pelo mundo, denunciando laboratórios alemães e americanos de estarem por trás dos surtos alarmistas das gripes aviárias, suínas, vacarias, periquitais e anais. Dizem que a Bayern estaria lucrando horrores com essas pandemias, pois ela é a única fabricante dos remédios indicados para combater essas doenças. Ontem vi três caboquinhos meio bichinhas, andando pelas ruas de Manaus, com mascaras cirúrgicas usadas para combater o vírus. Bem estilosos, a La Michael Jackson. Por falar na biba, ele sempre esteve à frente do seu tempo, já que usava mascara antes mesmo de ela virar moda. A duvida que fica é se ele morreu de overdose de Tomeflu contra gripe suína ou de Demerol, remédio usado contra dores do corpo. Bons tempos aqueles onde nossos heróis morriam de overdoses de drogas pesadas mesmo, usadas contra as dores da alma. Eta tempos cafona. Com a aproximação das eleições de 2010, a oposição mais perdida que cego em tirot

SBPC – BONECA INFLAVEL PARA TODOS

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A Dalila, minha boneca inflável, é um daqueles modelos antigos de boca eternamente aberta, não é daquelas siliconadas cheias de variáveis tecnológicas que acusam ausência de afeto e são totalmente reajustáveis. Se houvesse na Amazônia um pólo bioquímico, farmacológico, cosmético, o escambau, que usasse o conhecimento adquirido na região por anos de pesquisas desenvolvidas baseadas no conhecimento tradicional, com certeza minha boneca e o vibrador da minha amiga não seriam tão antiquados. O governo federal tem que desenvolver pólos industriais nesse sentido, através do BNDES, para que os pesquisadores da região não se sintam abandonados com a sensação de que estão estudando para nada e que não estão dando respostas para a sociedade. Todo mundo merece uma boneca inflável siliconada. Está na hora de exigir do governo federal essa postura, mesmo que tenham que quebrar patentes canalhas criadas pelos países que controlam a economia e o poder mundial, países que levaram e patentearam na ca

SBPC - Como fixar doutores na Amazônia

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Na semana que antecede a SBPC (Semana Brasileira para Progresso da Ciência) que será realizada em Manaus, o programa da TV Cultura de São Paulo chamado “Roda Morta”, ex “Roda Viva”, entrevistou o Dr Adalberto Val, diretor do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia). Como o programa é feito a partir de São Paulo por jornalistas paulistas com a lógica geocêntrica paulista, as perguntas sobre a Amazônia eram feitas nos moldes “o que nós paulistas levamos com isso?”. Afinal o Brasil é São Paulo e a Amazônia é só um quintal paulista e do mundo. O interesse deles era saber do Adalberto Val, um paulista, quando que iria ter gás dos poços de Urucum, pupunha, açaí, peixe e farinha mais barato nas prateleiras dos supermercados de Higienópolis. Isso sem ter que construir gasoduto, a BR 319, sem subir em arvores e sem matar os pingüins, pois na cabeça deles a Amazônia é a Antártida e é habitada somente por pingüins. O Val tentava explicar que aqui morava gente, antes mesmo da invasão d

O amor não precisa de consolo

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O amor é cego, Ray Charles é cego, Steve Wonder é cego e o albino Hermeto não enxerga mesmo muito bem, mas não dá pra fingir não ver um consolo daquele tamanho. Quando meu amor voltou de viagem veio trazendo na bagagem a novidade. Havia comprado um vibrador, um sonho de consumo antigo, travado na ideologia, no falso pudor ou na vergonha de encarar o balconista do sex shop. Tanto tempo de sonho adiado contribuiu para que ele se transformasse em um desejo reprimido, e quando se manifestou veio como a força de água represada. Quando meu benzinho resolveu me mostrar o treco, me deu uma sensação de impotência. Ela passou quase uns cinco segundos para conseguir tirar todo “ele” da sacola. Ela puxava e não parava de sair. A porra tinha o tamanho de uma bisnaga que francês adora carregar embaixo do sovaco. A louca aloprou dessa vez. O consolo devia ter uns trinta centímetros. Depois da sensação de impotência veio uma ponta de raiva originada no ciúme e no complexo do pau pequeno que acompanha