A inveja da Barelândia com Belém tem motivos


Passei um final de semana em Belém e conheci uma cidade que tem uma relação com o rio Guamá muito mais respeitosa do que a Barelândia tem com o Rio Negro.
A Estação das Docas, o 17 Janelas, Mangal das Garças e outros lugares de Belém são áreas públicas abertas à visitação que privilegiam a vista para o rio.
A Barelândia vive de costas para o Rio Negro como se dele tivesse vergonha.
Os poucos lugares que sobraram para o cidadão comum ver o rio estão sendo gradativamente privatizados pela elite jegue Baré e patrocinados pelo poder público.
Em breve a Ponta Negra vai ser um clube privê que vai proibir a entrada de pobre porque pobre é tudo feio e bêbado.
A beira do Rio Negro está tomada pela Marinha, Exército, Aeronáutica, favelas, portos privados de famílias grileiras e a única área que o cidadão comum pode usufruir é a Ponta Negra que está sofrendo um processo de privatização dia a dia.
Em Belém a Marinha concedeu imensos casarios, fortes e terrenos sob sua jurisdição sem utilização alguma para que o poder municipal licitasse para uso público com toda a estrutura como restaurantes, bares, museus, teatros enfim, enchendo de vida a região central e portuária da cidade.
Lugares amplos e abertos ao público.
A Barelândia está longe disso.
O poder público da Barelândia está tomado por um esquema que só atende aos seus desejos e ao desejo da elite Baré que o mantém.
A Barelândia tem motivos para ter inveja de Belém.
Inveja as vezes pode ser bom.

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