Pau que bate em Chico não bate em Francisco

Existem Chicos e Chicos, Franciscos e Franciscos.
A acusação que cai sobre o novo Papa Francisco I de ter sido conivente ou cúmplice da violenta ditadura argentina são muito graves.
Em 2005, pouco antes da eleição do papa Bento XVI, um advogado argentino acusou Bergoglio de cúmplice do sequestro de dois padres jesuitas, cujas atividades de oposição à ditadura militar lhe pareceram perigosamente heterodoxas.
Os padres, que Bergoglio havia demitido da Ordem jesuitica uma semana antes do sequestro,foram encontrados num subúrbio de Buenos Aires drogados e semi-nus.
A ação não prosseguiu, mas jornalistas recolheram depoimentos que contradizem Bergoglio.
A igreja católica sempre flertou com a direita e a ditadura na America Latina salvo os padres e teólogos adeptos da Teologia da Libertação que faziam clara opção pelos pobres e pela luta de classe com matizes marxistas.
Essa filosofia foi combatida duramente e eliminada pelo Vaticano dando poderes aos bispos alinhados com os pensamento conservador de direita.
A participação do Cardeal Odilo Sherer Arcebispo de São Paulo na campanha presidencial brasileira aconselhando os católicos a não votar na Dilma e votar no Jose Serra, de quem é amigo, demonstra o compromisso dessa igreja dominada por esse grupo comprometido com o conservadorismo.
A intenção é combater o casamento gay, o aborto até de fetos anencéfalos, a liberação da maconha, o transplante de orgãos, o uso de camisinha, o uso de célula tronco para fim medicinal, o uso de celular, o uso da boca do emboca como arma de prazer.
Padre tem exceções.
Pode brincar com a embocadura do emboca desde que não seja flagrado no ato ou queira fazer disso um casamento.
Essa semana jornal The Independence da Inglaterra denunciou a existência de luxuosas saunas gays entre os muros do Vaticano.
Nada contra!
Mas querer controlar só o conclave dos outros como a fofoqueira da rua faz.
Ai não, mano véio!