Ahhh infortunio essa tal de Annita

A gente que vive nesse mundo cada vez mais estranho nem percebe a presença de corpo estranho no nosso mundo.
A sensação de estranheza e de não pertencer a isso envolve e plasmeia todo o oco da nossa periferia existencial que não vai dar em nada mesmo.
Esse vazio e esse oco que vem do macrocosmo e da infinita possibilidade é que nos deixa sem ação diante de tanto tamanho.
Essa perplexidade é que causa o descolamento da gente com a gente mesmo, da gente com o nosso microcosmo, o universo ao nosso redor e o universo que habita dentro de nós.
Andava eu meio estranho, sentindo uns enjoos típicos de mulher gravida, acho.
E olha que para um cara cachaceiro estilo "lavou tá novo" como eu, conhecido pelo estomago de avestruz, arregar para pequenos enjoos é foda!
Conversando com a minha simpática companheira de travessia nesse imenso vale de lagrimas muitas vezes bastante divertido pacas, sobre esses sintomas do enjoo e as vezes uma coceira na beira do emboca, minha Rosinha foi papo reto, curto e grosso.
“Você está até o tucupi de lombriga”!
Ahhhhhhhhhhh!
Eu me animei todinho.
Fiquei mais feliz que pato com a adutora arrombada.
Pelos abusos de substancias toxicas cometidos durante quase toda a minha existência miserável, toda vez que sinto meu corpo reagir a algo, já penso em câncer terminal.
Quando sei que é só dengue ou uma lombriguinha, fico todo animado, aliviado.
Rapidamente meu amorzinho providenciou para mim uma tal de Annita.
Tomei ontem a noite.
Ôhhh infortúnio a porra desse remédio.
Mata a lombriga e o hospedeiro junto.
Que sensação escrota.
O pior de tudo é ficar uma semana sem beber.
Perlamordedeusio.