O dilema do neoliberal no arrivismo da onda verde


O ex qualquer coisa é um chato, um reacionário, um otário.
O ex-fumante, o ex-drogado, o ex-veado... Opa, esse não, esse não existe.
Entre todos os tipos de ex, o ex-esquerdista é o mais escroto.
Há inclusive um discussão semântica de o ex-esquerdista não ser reacionário e sim ter alguma forma de patologia.
O Arnaldo Jabor é um desse tipo de ex-esquerdista espumante e raivoso.
A Jabor de dizia esquerdista do Flamengo, um playboy que usava o argumento esquerdista para faturar umas menininhas.
Com a queda do Muro de Berlim, esses arrivistas desembarcaram do pensamento socialista e embarcaram na nova onda do momento, o papo furado da filosofia neoliberal.
O grande arauto dessa novíssima onda era o FHC, o Príncipe dos Sociólogos, apoiado pela CIA americana via Fundação Ford e toda a sua grana disponível para combater toda e qualquer forma de possibilidade de os comunistas voltarem das trevas.
Ai começou a aparecer às figuras uteis dos ex-esquerdistas, muito bem pagas com toda essa grana.
Paulo Francis, Caio Blinder, Arnaldo Jabor entre outros.
O Diogo Mainardi não, esse nem disfarça que é ultradireita.
Todos encubados no Manhattan Connection da Rede Globo, a grande defensora e responsável pela ascensão do neoliberalismo americano no Brasil, que tem no tucanato paulista os seus mais sectários defensores.
Por isso tanto ódio no olhar do Arnaldo Jabor quando fala do Lula ou da esquerda.
A eloquência do Jabor quando tenta destruir o pensamento de esquerda e a figura do Lula é tanta que faz tremer as periquitas perfumadas das senhoras do Morumbi.
De Higienópolis passando pelos Jardins Paulistas até os confins do Morumbi, não fica periquita sobre periquita quando o menino de recados do neoliberalismo começa seu discurso do alto do orifício do Jornal da Noite da indefectível Rede Globo.
Até o patibular William Wack dá um sorriso maroto quando o Jabor termina seu discurso inflamado de ex-esquerdista espumante.
Mas ontem não foi assim.
O menino de recados estava com uma cara meio que passada, meio estupefato.
O menino de recados do Morumbi descobriu que o grande capital sem pátria e sem dono representado pelo neoliberalismo não pode por em pratica as politicas ambientais geradas pelas conclusões do Rio+20.
Pelo simples fato que esse grande capital não tem chefe, não tem cara, não tem mãe.
Ele se esqueceu do Daniel Dantas, o cara do dinheiro da galera neoliberal.
Mas esse também parece não ter mãe.
O menino ex-esquerda arauto do neoliberalismo tucano e da Rede Globo estava sem discurso para embarcar em uma nova onda arrivista.
Um grande dilema para quem passou os últimos anos falando mal do estado, pregando o estado mínimo e agora percebe que certas politicas só o estado pode implementar.
A onda verde em que os neoliberais desembarcaram com toda força pode ser seu ultimo trem para Jaçanã.
Ou para Higienópolis.
Agora vai ter até estação do metrô lá.
Disque!

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