Fim da empregada doméstica, o ultimo resquício da escravidão


A classe média e alta da sociedade moderna se organizou em torno da existência da empregada domestica.
Até na arquitetura das casas e apartamentos existiam o quarto de empregada.
Geralmente um cubículo que mal cabe uma cama de solteiro que ainda tinha que dividir com cacarecos da casa.
Uma espécie de nova senzala.
No Amazonas era comuns as casas terem uma empregada, geralmente caboclas trazidas do interior do estado que eram tratadas como parte da família, a parte pobre da família, ou como mera mobília ou burro de carga.
Com o acesso das classes mais pobres a empregos e a padrões mais elevados, esse material humano ficou mais raro.
E mais caro.
Hoje não se encontra mais na praça essa carne humana.
A carne mais barata do mercado era a carne cabocla ou indígena.
Essa não reposição de carne no mercado está aumentando o custo das empregadas domésticas.
Isso acaba afetando o cotidiano das famílias barés acostumadas a ter essa mamata.
Criou-se a figura da diarista em Manaus.
Cobram por diária de trabalho.
E saem muito mais caro que as antigas “empregadas”.
Que custava muitas das vezes um prato de comida por dia.
E olhe lá.
Essa enorme massa de pessoas agora está tendo algum acesso a bens de consumo como a televisão que apesar de ser uma merda, passa novelas como a Sinhá Moça que fala de escravidão
E as pessoas se vêem ali.
E de alguma forma estão saindo da era da escravidão.
E isso dói no nosso bolso.
A minha diarista mete a faca.
Cobrou 80 paus à diária essa semana.
Era 50.
Tudo culpa do Lula.
Esse tal de Nunca Dantes.

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