Caso Strauss-Kahn: Linchamento mundial patrocinado pela mídia
A velocidade do linchamento midiático é assustador.
Na maior democracia do mundo, disque, um cara é preso por causa de uma acusação de estupro.
O cara é sumariamente algemado, publicamente exposto, publicamente julgado e publicamente condenado.
Em uma velocidade assustadora.
O linchamento virtual é bem mais rápido que o linchamento físico.
E dói tanto quanto.
Tratava-se de um cara ligado ao Partido Socialista da França que estava nas cabeças das pesquisas para ser o novo presidente francês.
Partido que poderá mudar as diretrizes da relação França-EUA.
O rigor e a super exposição da policia americana parecia coisa encomendada desde o começo.
Descobriu-se que era encomendado.
Por um gigôlo que controla algumas prostitutas travestidas de camareiras que trabalham em hotéis.
Era um golpe.
Houve sexo.
Mas foi consensual.
Não houve estupro.
A justiça americana deve estar envergonhada.
A mídia não.
A mídia sai tirando o dela da reta.
A mídia nunca se auto avalia.
A mídia que ajuda nos linchamentos e muitas vezes é quem julga e condena, essa nunca põe a mão na consciência.
Aliás, a grande mídia não tem consciência.
O que importa é o espetáculo.
O fato, a verdade, pouco tem importância.
Não é só o Brasil que não tem a mídia que merece.
O mundo tá ferrado com uma imprensa assim.
Comentários
Tá parecendo photoshop