O dilema Shakespeariano do Artur

Sob o rescaldo das manifestações ainda em curso, a única verdade absoluta que se sabe é que nada será como dantes na casa de Abrantes.
Mudanças profundas estão se processando com a pressão popular, espontâneas ou não. Houve clara manipulação da Rede Globo quanto as pautas ditas “populares”.
A grande maioria que pedia arquivamento da PEC-37 achava que era algo a ver com preço de busão.
Na Barelândia o grupo que controla politicamente o estado há 30 longos anos dá sinal que ainda vai continuar apitando na taba.
Amazonino Mendes, Eduardo Braga, Omar Aziz, Pauderney Avelino, Artur Virgílio e os periféricos vão continuar sólidos porque quem poderia fazer frente a eles seria uma possível candidatura do deputado Francisco Praciano a prefeitura da Barelândia ou ao governo do Amazonas. Isso traria novos ares a viciada vida política Baré.
O grupo do deputado Praciano formado pelo deputado José Ricardo Wendling, vereador Waldemir José e professor Bibiano. Todos do PT Amazonas, estão impedidos de concorrer a cargos majoritários pelo próprio PT pelego do Amazonas, que é controlado pelo Valdemir Santana presidente da CUT-AM, um cara comprometido com o que há de mais escroto na política Baré. Ele foi secretário municipal do Amazonino Mendes.
O Artur Virgílio, eleito para a prefeitura da Barelândia por pura fadiga material do eleitorado Baré que queria ver caras novas, acabou apostando no que tinha a mão e no passado neoliberal tucano.
E o Artur sabe que está em uma canoa furada chamada PSDB. Já ensaiou pular da canoa algumas vezes durante esse ano.
Canoa furada nem índio gosta.
O Artur é acostumado com as benesses do dinheiro público, é coisa de família, o emprego é bom.
Acho que o Artur nem sabe da existência da vida trabalhadora privada.
Portanto ele vai embarcar em alguma canoa que lhe dê um pouco mais dessa vida miserável de político, pobres coitados.
A saída do PSDB tem que ser honrosa, mesmo todo mundo sabendo que se trata de abandono da navio naufragando, como ratos costumam fazer.
Ele deve estar esperando o rescaldo das manifestações de rua para se bandear para o PSB do Eduardo Campos, mesmo ele não vindo para a presidência em 2014.
Assim o Artur pode ficar a sombra do governo Dilma, que ao que parece vai sair das manifestações mais forte que entrou.
Se a Dilma conseguir fazer o plebiscito da Reforma Política e ganhar moral diante dos eleitores cansados de velhacaria.