Manifestante vai punk e volta emo
Ontem em um raríssimo boteco aberto próximo as vias onde estavam ocorrendo as manifestações nem tão democráticas assim, observando as pessoas que participaram, deu para notar um comportamento muito louco.
As pessoas passaram indo para manifestação iluminadas, decididas, cheias de energia, cantando palavras de ordem puxadas geralmente por algum espertalhão que está manipulando os cordões.
Toda manifestação tem isso.
A euforia vai tomando conta durante o percurso e alguns vão se transformando e assumindo uma personalidade as vezes oposta a sua.
O garoto nerd facebookiano, tímido e acanhado quando está junto a matilha vira um lobo feroz que pode se transformar em um punk anarquista niilista de uma hora para outra.
Perde a noção de perigo e no auge da excitação pode até ficar violento e virulento.
Como sou um homem velho, as manifestações que sinto estão mais para reumatismo do que para derrubar governos, fui em busca de um bar que tivesse uma mesa vazia que acolhesse meu corpo cansado e que tivesse uma breja gelada.
Fiquei observando a volta das mesmas pessoas da manifestação.
Todas estavam meio apáticas, desoladas, parecendo viciado em heroína quando a droga acaba.
Talvez porque o nível da endorfina dos manifestantes chegue a picos muito alto durante o lesco-lesco da multidão.
E quando acaba, a pessoa volta para a sua realidade, o astral baixa.
O cara que estava punk aos gritos há meia hora atrás, passou por mim com a maior cara de emo.
Essa é a pior hora.
As pessoas passaram indo para manifestação iluminadas, decididas, cheias de energia, cantando palavras de ordem puxadas geralmente por algum espertalhão que está manipulando os cordões.
Toda manifestação tem isso.
A euforia vai tomando conta durante o percurso e alguns vão se transformando e assumindo uma personalidade as vezes oposta a sua.
O garoto nerd facebookiano, tímido e acanhado quando está junto a matilha vira um lobo feroz que pode se transformar em um punk anarquista niilista de uma hora para outra.
Perde a noção de perigo e no auge da excitação pode até ficar violento e virulento.
Como sou um homem velho, as manifestações que sinto estão mais para reumatismo do que para derrubar governos, fui em busca de um bar que tivesse uma mesa vazia que acolhesse meu corpo cansado e que tivesse uma breja gelada.
Fiquei observando a volta das mesmas pessoas da manifestação.
Todas estavam meio apáticas, desoladas, parecendo viciado em heroína quando a droga acaba.
Talvez porque o nível da endorfina dos manifestantes chegue a picos muito alto durante o lesco-lesco da multidão.
E quando acaba, a pessoa volta para a sua realidade, o astral baixa.
O cara que estava punk aos gritos há meia hora atrás, passou por mim com a maior cara de emo.
Essa é a pior hora.
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