Um pesadelo no cérebro eletrônico

Uma pessoa que se encontra outsider, fora do circuito, fora de moda e fora do eixo, passa a imaginar as coisas do seu ponto de vista outsider.
Está rolando na Barelândia mais uma versão do Seven Music Festival Raitiouflaiti Large.
Parece que é a segunda versão em terras barés.
O local escolhido foi a Arena Amadeu Teixeira, nome do grande e eterno técnico do glorioso América Futebol Clube versão Baré.
A arena é fechada e faz calor para chuchu em uma terra que já é quente embaixo de arvore em beira de rio tomando sorvete de pupunha.
Espia o delírio que o cérebro eletrônico de um tiozinho pós-woodstokiano fica engendrando.
Em um festival de música eletrônica a droga preferida é o ecstase misturado ao álcool, disque, que desidrata o corpo da criatura que consome.
E dança e dança e tumpf, tupmf, tumpf, tumpf no pé do ouvido, enquanto isso a arena vai se enchendo de neblina do suor das criaturas que gritam uuhhuuuu, uuuuhuuuu, uuhhuu.
Isso dois dias seguidos.
O rêgo de uma criatura dessas ao final de quatro horas já deve estar um lamaçal e o cérebro já descolou da plataforma.
Uma sauna não seria tão quente.
O pessoal do camarote Premium que tem banheiro privado e bar a vontade fica só apreciando o inferno do mela cocha do povão embaixo dando pinta.
E o tiozinho morrendo de inveja em casa fica só imaginando as coisas.
Ahhh meu tempo.
Eu já fui bom nisso!

Comentários

Rodrigo disse…
kkkkk
sorvete de pupunha foi ótimo!
Eu também já fui bom nisso, dessa vez não animei.

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