Oxiúros never more

Ao passar por uma rua do outrora romântico bairro do Parque 10 onde enterrei a minha destroçada juventude, vi pela janela de vidro fumê 100% do carro refrigerado onde me abrigava desse clima hostil da Barelândia, um vira lata de rua esfregando o toba no asfalto quente.
E olha que asfalto quente da Barelândia ao sol inclemente da tarde é quente para chuchu.
Fiquei a pensar o que poderia fazer aquele cãozinho de rua ficar naquela situação tão limítrofe.
Das duas uma.
Ou é um cãozinho tarado que nem uma amiga que tem por filosofia de vida dizer para o namorado nas brigas intermináveis “Nem que eu tenha que esfregar minha periquita no asfalto quente eu vou dar pra ti!”.
Ou é oxiúros que faz coçar a bocada do toba perlamordedeusio.
Oxiúros na Barelândia leva o nome de tuxina.
Esse cãozinho desgovernado com seu toba latejante fez eu na minha refrigerada consciência dentro do automóvel reluzente ficar pensando.
A humanidade esquece que é humana e como humana está sujeita a toda sorte de invasão, desde a intelectual que adentra pela televisão e pelas janelas dos outdoors até a invasão sorrateira dos vermes e criaturas invisíveis.
A nem uma das duas essa humanidade facebookiana dá a menor importância e pensa estar livre delas.
Mas não é bem assim!
Todo mundo tem lombriga e jura que não tem.
E tem gente que queima a boca do toba quando dá coceira pensando que é tesão e nem é.
É só oxiúros.
O que um cão esfregando o toba no asfalto quente da Barelândia faz a gente pensar.
Quanta bobagem!

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