Oxiúros never more
Ao passar por uma rua do outrora romântico bairro do Parque 10 onde enterrei a minha destroçada juventude, vi pela janela de vidro fumê 100% do carro refrigerado onde me abrigava desse clima hostil da Barelândia, um vira lata de rua esfregando o toba no asfalto quente. E olha que asfalto quente da Barelândia ao sol inclemente da tarde é quente para chuchu. Fiquei a pensar o que poderia fazer aquele cãozinho de rua ficar naquela situação tão limítrofe. Das duas uma. Ou é um cãozinho tarado que nem uma amiga que tem por filosofia de vida dizer para o namorado nas brigas intermináveis “Nem que eu tenha que esfregar minha periquita no asfalto quente eu vou dar pra ti!”. Ou é oxiúros que faz coçar a bocada do toba perlamordedeusio. Oxiúros na Barelândia leva o nome de tuxina. Esse cãozinho desgovernado com seu toba latejante fez eu na minha refrigerada consciência dentro do automóvel reluzente ficar pensando. A humanidade esquece que é humana e como humana está sujeita a toda sorte