A velha estória do “perdi tudo” voltou junto com as chuvas e alagações
A temporada de chuva da região amazônica chegou antecipada por conta do fenômeno “El Nina”.
Manaus já começou a sentir o impacto das chuvas que castigam a cidade todo ano.
Os igarapés poluídos que cortam a cidade e que tiveram suas margens ocupadas pela falta de ordenamento urbano transbordam a cada nova chuvarada.
Quem for podre que se quebre.
A força da natureza volta com toda a sua majestade igualando todo mundo.
Ricos e pobres.
Só que ricos invadem as margens dos igarapés e constroem verdadeiras muralhas afunilando o já estressado igarapé poluído.
Com isso suas casas não são invadidas.
Já a classe pobre com suas palafitas feitas com sobra de madeira penduradas dentro do esgoto em que o igarapé se transformou, quando cai essas tempestades, são arrastadas por elas.
Todo ano é a mesma coisa.
E o poder público não tira essas pessoas dessas áreas de risco.
Mesmo porque não tem moral para isso quando deixa que empreendimentos imobiliários caros sejam construídos ilegalmente às margens dos igarapés, ele perde o direito de tirar as favelas também.
Esses paraísos artificiais também causam impacto nos igarapés.
Não é só a palafita que joga bosta nas águas fétidas.
Com as chuvas voltando recomeça a novela do pobre que “não tem nada”, mas basta cair um temporal e ter a casa alagada para dizer “perdi tudo” na televisão.
Ou não se tem nada ou se tem tudo.
Foda que para a imprensa só é tragédia quando é bairro de rico que alaga.
Todo ano é isso.
Tão certo como as chuvas virão a cada final de ano na região amazônica.
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