A promiscuidade escatológica facebookiana


O Facebook causa uma proximidade entre pessoas que nunca sonharam se encontrar no mundo real.
Pessoas de mundos completamente paralelos, sem convergência, sem encruzilhada, sem esquina e muito menos um boteco comum onde duas almas podem se esbarrar por um décimo de segundo perdido qualquer no espaço e tempo.
Embora a lei da física e das probabilidades diga que sim, isso é possível.
Mas seria como ganhar na megasena.
Hoje abri meu facebook como um viciado qualquer e dei de cara com uma foto “maravilhosa”.
Uma foto de uma mulher de quatro, toda cagada abrindo a calcinha para ser fotografada mostrando a merda saindo do toba.
Isso para começar o dia antes do café da manhã.
Dizem que merda é dinheiro. Tomara.
Ontem antes de dormir vi a foto de uma mucura atravessada por uma barra de ferro toda queimada.
O cara que postou disse que ela se fodeu porque invadiu o churrasco dele atrás das picanhas que estavam na brasa.
Mucuras são marsupiais, vegetarianos e não oferecem perigo para picanhas ou playboys que curtem churrasco.
E o cara expôs à pobre mucura como um troféu de guerra.
Assim como a menina expôs a foto de uma mulher cagando como insulto a alguém.
O Facebook tem disso.
A raça humana é assim.
Ela caga e mata animais indefesos por puro prazer.
E o Facebook é só um espelho do que somos.
Só isso.

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