Profissão "Velho de Fila"
O mito que o “jeitinho brasileiro” é uma doença sem cura é mentira.
Apesar dos aproveitadores viciados em se dar bem, as coisas estão mudando.
Existe um respeito maior as regras.
Inclusive na política a corrupção tem sido mais fortemente combatida.
Ela não aumentou como dizem alguns, agora ela está sendo mais visível por causa da internet e de outras tecnologias.
Apesar de termos um judiciário e uma imprensa muito corrupta também.
Esses maus exemplos fazem com que o cidadão comum também tente se dar bem em cima do outro a qualquer custo.
Um exemplo é fila de loteria esportiva onde existem os tais caixas preferenciais.
A coisa mais irritante é ir em loteria pagar contas ou apostar quando a mega sena está acumulada.
Uns caras de pau entram na fila preferencial dos idosos só por terem cabelo branco, barriga e serem acabados e tristes.
Hoje na fila da lotérica entra um cara careca com ralos cabelos brancos e vai passando a frente de todo mundo.
Inclusive dos velhos da fila preferencial.
Cheio de marra.
Quando ele me encarou eu vi que era um cara que estudou comigo no primário, portanto tinha a mesma idade que eu.
Só que muito mais acabado.
Eu sou fofo.
Tive a felicidade de ter optado em me conservar em álcool.
O trouxa casou, teve filhos, netos, dividas, dor de cabeça e envelheceu.
Tem gente que envelhece porque quer.
Mas não para entrar na fila da lotérica na minha frente.
Nem fodendo.
Pedi para ele ir para o final da fila se não ia levar porrada.
Tenho paciência com gente metida a “esperta” não.
Depois pensei em que isso podia virar profissão de alguém.
“Velho de Fila”, uma espécie de canalha que recebe para furar a vez dos outros em troca de comissão.
Uma boa essa ideia.
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