O Deprê saiu da deprê


O cão da raça Beagle que apareceu na minha vida durante a copa do mundo na África, trazido por almas boas que o acharam perambulando pelas ruas do conjunto Tiradentes, agora não está mais deprimido. Quando chegou à minha casa tava de dar dó. Não comia, não latia, rabo sempre baixo, um horror. Por não saber o nome chamei de Deprê, um lapso de mau gosto, típico da minha pessoa. Fui aos poucos ganhando a confiança, ele voltou a se alimentar normalmente e agora minha casa vive cheia de merda de cachorro comilão. Vive rodeando minha mesa de trabalho e querendo atenção. Corre pela casa, late para os cães da rua, o rabo está em pé como deve ser um rabo de Beagle. Ainda tem uma sarna crônica que estou batalhando pra curar, porem nem a minha eu curo, continuo um cão sarnento. Meu único problema com esse cãozinho que anda alegrando minha vida é o nome dele. Agora não cabe mais Deprê, ele está longe de ser depressivo nesse momento da vida. Problema é que de tanto chamar por nomes diferentes ele pode ficar esquizofrênico e aqui em casa basta um! Estou o chamando de Bigu, porque é assim que é a pronuncia de Beagle em português. A todos os interessados no destino do cão, ele vai bem, aparentemente. Agora falta uma cadelinha pra ele dar uns roles por ae, pois nem só de ração e zoação vive um cão.

Comentários

renatinha peixe-boi disse…
Que bom que você ficou com ele, recebi um e-mail a respeito da doação de tal animal. Um Beagle realmente não combina em NADA com deprê, e sim, ele alegra (e inferniza) e muito a vida de quem está ao redor!

:D
MARNO MATTE disse…
cuidado com essa historia de companhia pra ele... aqui em casa já são 4 gatos... e haja terra... num guento mais tanta bosta.....Um tá bom..... meu conselho....

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