Overdose em Lisboa
Eu e a Amy, meu caminhão virtual do game Euro Truck Simulator 2, chegamos em Lisboa vindo de Rotterdam na Holanda carregado até o tucupi de ácido (ácido industrial). Chegamos por volta da meia noite muito cansados da viagem atravessando os Países Bascos e suas estradas sinuosas.
Sentamos no primeiro boteco que encontramos para encher a cara de vinho do Porto. Cada um pediu uma garrafa para si. Abri a minha e bebi no gargalo.
A Amy como sempre foi dar umas bandas pelo lado escuro da cena underground. Pedi para ela trazer a ponta pra mim ela mandou eu ficar com o meu vinho, como sempre.
A Amy é meu melhor alterego.
Ela demorou pacas e eu sai pelos bares da região para ver se encontrava a maluca pois ela estava com a chave do caminhão.
Encontrei dois bares depois, ela em uma mesa na calçada da fria madrugada de Lisboa levando o maior papo com um casal.
Sentei e fui apresentado.
O cara é um médico português chamado Armando e a namorada dele uma brasileira que se chama Lourdes.
Lourdes tinha conhecido o Armando quando batia calçada pelas bandas do Teatro Amazonas, na Barelândia capital do Amazonas. Lourdes tinha nascido Clovis e desde a tenra idade se sentia uma mulher. Com o tempo virou um travesti e como a maioria dos travestis pobres teve que se prostituir para sobreviver nesse mundo cão.
Afinal, para cada travesti tem sempre um Ronaldinho Fenômeno afim de se enganar, disque.
Armando trouxe Lourdes para Lisboa, apresentou para a família e casou meses depois.
Hoje o Clovis é Lourdes operada e tudo. Fez cirurgia de mudança de sexo no Marrocos que é mais barato.
Armando estava comemorando o fato de ter conseguido um emprego depois de longos meses desempregado devido a dura recessão europeia, principalmente em Portugal.
Conseguiu um emprego pelo Mais Médicos, programa do governo brasileiro. Ia trabalhar em Barreirinha no Amazonas, uma pequena cidade as margens do Paraná do Ramos que há anos estava precisando de médicos e nenhum médico brasileiro queria ir trabalhar lá.
Pedimos outra rodada de vinho do Porto para brindar.
Quando olhei para o lado, a Amy estava de beijos e abraços na maior pegação com a Lourdes. O Armando ficou muito enciumado e eu com medo que desse merda.
Portugueses são muito passionais, não aguentam chifres assim na lata.
Me levantei da mesa temendo o pior e fui para o caminhão dormir.
Acordei com o sol batendo na cara atravessando a vidraça da cabine. Quando olho para o lado vejo a Amy nua dormindo com a Lourdes que a essa altura eu nem sei mais se era o Clovis.
Fomos tomar café no cais do porto de frente para o rio Tejo e eu perguntei para a Lourdes – Clovis onde estava o Armando.
Ela disse que tinha voado para o Brasil cedo pela manhã e que iria visita-lo em Barreirinha.
Achei uma boa ideia e uma boa desculpa para voltar a minha velha e querida Barelândia.
Saudade de um jaraqui frito.
Sentamos no primeiro boteco que encontramos para encher a cara de vinho do Porto. Cada um pediu uma garrafa para si. Abri a minha e bebi no gargalo.
A Amy como sempre foi dar umas bandas pelo lado escuro da cena underground. Pedi para ela trazer a ponta pra mim ela mandou eu ficar com o meu vinho, como sempre.
A Amy é meu melhor alterego.
Ela demorou pacas e eu sai pelos bares da região para ver se encontrava a maluca pois ela estava com a chave do caminhão.
Encontrei dois bares depois, ela em uma mesa na calçada da fria madrugada de Lisboa levando o maior papo com um casal.
Sentei e fui apresentado.
O cara é um médico português chamado Armando e a namorada dele uma brasileira que se chama Lourdes.
Lourdes tinha conhecido o Armando quando batia calçada pelas bandas do Teatro Amazonas, na Barelândia capital do Amazonas. Lourdes tinha nascido Clovis e desde a tenra idade se sentia uma mulher. Com o tempo virou um travesti e como a maioria dos travestis pobres teve que se prostituir para sobreviver nesse mundo cão.
Afinal, para cada travesti tem sempre um Ronaldinho Fenômeno afim de se enganar, disque.
Armando trouxe Lourdes para Lisboa, apresentou para a família e casou meses depois.
Hoje o Clovis é Lourdes operada e tudo. Fez cirurgia de mudança de sexo no Marrocos que é mais barato.
Armando estava comemorando o fato de ter conseguido um emprego depois de longos meses desempregado devido a dura recessão europeia, principalmente em Portugal.
Conseguiu um emprego pelo Mais Médicos, programa do governo brasileiro. Ia trabalhar em Barreirinha no Amazonas, uma pequena cidade as margens do Paraná do Ramos que há anos estava precisando de médicos e nenhum médico brasileiro queria ir trabalhar lá.
Pedimos outra rodada de vinho do Porto para brindar.
Quando olhei para o lado, a Amy estava de beijos e abraços na maior pegação com a Lourdes. O Armando ficou muito enciumado e eu com medo que desse merda.
Portugueses são muito passionais, não aguentam chifres assim na lata.
Me levantei da mesa temendo o pior e fui para o caminhão dormir.
Acordei com o sol batendo na cara atravessando a vidraça da cabine. Quando olho para o lado vejo a Amy nua dormindo com a Lourdes que a essa altura eu nem sei mais se era o Clovis.
Fomos tomar café no cais do porto de frente para o rio Tejo e eu perguntei para a Lourdes – Clovis onde estava o Armando.
Ela disse que tinha voado para o Brasil cedo pela manhã e que iria visita-lo em Barreirinha.
Achei uma boa ideia e uma boa desculpa para voltar a minha velha e querida Barelândia.
Saudade de um jaraqui frito.
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