A budística existência barezinha

A gente que é barezinho sabe bem o que é essa coisa zen-budista do estado do não ser.
Para nós esse estado é de não ser porra nenhuma.
Essa desindentificação do ego tão buscada pelo ocidental de Wall Street lá pelas bandas do Himalaia a peso de ouro pela distância que é a Índia, nós barezinhos sabemos muito bem.
Já nascemos com esse treco.
A nossa bendita Leseira Baré é o que nos diferencia do resto da patuleia mameluca brasileira.
Yesss, nós podemos, nós temos a Força!
Porém, a mesma bendita Leseira Baré abençoada de nascença é nossa desgraça.
Na hora de votar, por exemplo, a gente sempre vota no mesmo ladrão que nos rouba há décadas por pura distração.
No transito engarrafado da Barelândia que está à beira de um colapso que mataria um cavalo de histeria raivosa, sequer afeta a gente barezinha. A gente fica teclando no Whatsapp, o sinal abre, o povo atrás buzina e a gente só teclando parado dizendo “Oi mana, bora comer um peixinho lá no Habbib’s hoje?”.
Quando o povo passa ao lado do nosso carro xingando nossa mãe de não sei o que não sei o que lá, a gente nem ouve porque nosso carro tem ar-condicionado e vidro fumê.
Na esquina, na hora de dobrar, é que a gente larga um pouco o Whatsapp porque mesmo o carro sendo japonês tendo até raitiuflaiti e computador de bordo, ainda não faz curva sozinho e nem dá seta avisando que vai virar a esquina.
Ai passa o mal educado de novo ao lado todo estressado dizendo “Seta não é cu, dê sem medo, seo fela da puta!”
A gente nem liga, o lance é chegar no Habbib’s.
Ôoohhh povo estressado.
Só quer ser paulista, disque!

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