Emo Sapiens faz carreata ambientalista
O Emo Sapiens foi abortado do seu local de origem as margens do Rio Jaú depois que transformaram em reserva florestal toda a região, proibindo a entrada dos regatões, barcos regionais que levavam insumos básicos aos descendentes de índios já habituados ao modo de vida do homem branco. Ele e sua família foram jogados na indigência em Manaus onde ele virou menino de rua e foi resgatado por padres que adoram adolescentes. Recebeu uma educação erudita e por conta do destino foi parar em Sampa onde se identificou com o emos por andarem em bando, gostarem da mesma musica e dos mesmos autores deprimentes e queimarem a rosca pra encarar esse mundo cão.
Na volta para Manaus ele se depara com a crescente onda verde ambientalista, onda em que até o nosso governador Eduardo Braga, o nosso Avatar Baré (aquele que quer construir o Porto das Éguas no Encontro das Águas), adora surfar. Ele e os Virgilios Vianas da vida, o nosso grande Mascate das Selvas. Isso despertou nele um grande desprezo por essas criaturas arrivistas que se hospedam como pragas atrás de movimentos legítimos como o ambientalista.
Por isso ele vai fazer uma carreata com um carreta imensa, começando pelo INPA, para arrebanhar simpatizantes, e seguirá para o Conjunto Tiradentes e Acarariquara, tradicional reduto de morada dos pesquisadores e ambientalistas que vem do sudeste e do sul do Brasil para trabalhar e estudar em ONGs que se proliferam na região amazônica. O plano do Emo Sapiens é começar um multirão com essas pessoas, pedindo que elas entreguem seus ar condicionados que ficam ligados o dia todo para imitar o clima das suas cidades frias. Também vai pedir os laptops assim como todos os seus aparelhos elétricos eletrônicos e sua loja do Boticário que eles costumam chamar de banheiro. Aproveitando a ocasião vai pedir que eles parem de viajar tanto de avião atrás de workshops ambientalistas geralmente em paraísos turísticos. Toda semana tem um. Esses vôos poluem o planeta e acaba com a camada de ozônio.
O plano é fazer que as pessoas que são contra a construção da hidroelétrica de Belo Monte dêem exemplo aos outros. O que acho difícil, mas o Emo Sapiens é um sobrevivente e nunca desiste.
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