É tudo paranóia tua rapá
Medo dos outros é paranóia. Só os nossos são reais. Se os traficantes do Complexo do Alemão tivessem levado a sério o plano de invasão não teriam perdido tanta maconha e pó. Os doidões ficaram achando que era” tudo paranóia tua rapá”. Agora o revellon de Copacabana periga ser o mais careta de todos. Vamos ter menos cheiro de maconha e menos nariz branco na praia. O Cacique Cobra Coral garantiu que não chove na virada, só depois, como sempre, mesmo a prefeitura do Rio não tendo honrado o compromisso de todo ano pagar as suas previsões esotéricas.
No mais, o fim de ano é época para largar as tralhas, o dispensável, o que não deu certo, as promessas não cumpridas, os amores que viraram encosto, largar para os Exús o que virou mala sem alça, os bodes pretos e o que dá prejuízo. Época de tomar banho de cachoeira, banho de mar com direito a pular três ondinhas e fazer pedidos para o ano que entra, fazer despacho pedindo coisas novas e boas e se não tiver mar nem cacheira perto serve pedir ao vizinho negão um pouco de urina e tomar banho com ela.
Para usuários do facebook é época de tirar da lista as pessoas xaropes, cancelar o Orkut que virou o primo pobre, limpar o computador de fotografias sem noção e jogar fora o celular velho pois o blackberry é mais chic meu amor. O despacho facebookiano deve ter uns itens indispensáveis. Uma lata de Red Bull, celular velho, uma garrafa de Absolut, no lugar da galinha preta levar um temake da hora, no lugar da vela preta levar incensos indianos comprados em uma loja hippie chic do Vieiralves, as flores podem ser de plástico biodegradável para ficar de acordo com a moda ambientalista criado em cativeiro.
Na hora de reverenciar os Orixás melhor pensar com fé, com amor, com deus no coração e rezar para o São Bill Gates e pedir que ele distribua sua grana com os usuários ouvindo Lady Gaga...e amem.
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