A copa de rugby me trouxe Deprê
Essa copa do mundo meia boca, como as outras dos últimos anos, me trouxe uma coisa aparentemente boa. Ganhei um cão da raça beagles que estava abandonado pelas ruas do Conjunto Tiradentes, um bairro de Manaus conhecido por abrigar estudantes e trabalhadores de ONGS e instituições ambientalistas fixadas na Amazônia. Não compreendo como alguém adquire um cão mesmo sabendo que vai mudar de cidade e não vai poder levá-lo, e sem escrúpulos o abandona na casa de alguém ou nas ruas, entregue a sua sorte. Não sei nada sobre beagles e fui consultar o santo Google. Todas as informações dizem que é uma raça exuberante, brincalhona, alegre e temperamental. Esse que ganhei não é assim, ou não está assim, pode estar deprimido pelo abandono do (a) canalha do seu dono. Por não saber seu nome, estou chamando o estranho beagles que insiste em rodear minha mesa, de Deprê. Espero que ele volte a confiar em alguém e que seus dias sejam melhores daqui pra frente. Se depender de mim ele vai ter sossego e casa para se espalhar. Vimos o jogo Brasil e Costa do Marfim sozinhos em casa. Parece que dias melhores virão, apesar do Dunga não saber escalar e nem saber tirar, se soubesse o Kaká teria sido substituído e não teria sido expulso. Embora com um gol de rugby do Luis Fabiano, enfim ganhamos jogando bola. Morre o escritor português Jose Saramargo e uma das frases legais de sua autoria é: “Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais.” Pois que seja assim, né não Deprê?!
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