Clodovil e o mito dos dois caixões
Morreu Clodovil Hernandez, ex-biba, ex-costureiro, ex-apresentador de televisão e ex-deputado federal pelo estado mais consciente politicamente do país. Partiu, no bom sentido, e levou junto com ele o mito dos dois caixões. Dizem que gente linguaruda precisa de dois, um pro cadáver outro só pra língua. Até na morte a biba causou espécie. Não teve dois caixões, e acho que por isso tantos jornalistas começaram a falar de qualidades invisíveis do morto. Acho que com medo da língua, já que não viram ser enterrada. No velório tinha gente que foi só conferir se virava purpurina mesmo, gente incrédula, desrespeitosa. Até as amigas de opção sexual tinham pavor da língua dele, que sempre se referia aos homossexuais com homofobia, era uma bicha homofóbica. Comentário maldoso no meio das amigas durante o velório “aquilo??!!..nem o oceano de purpurina quer!!”. O fato é que morre o maior estadista do glorioso estado de São Paulo, o maior homem publico que o estado já teve. Não entendo o que a Marta