A dolce vita de pedreiro no governo dos Malditos Petralhas

Achar um pedreiro para fazer um puxadinho em casa virou uma penitencia nesses dias bicudos em que a Barelândia se transformou em um canteiro de obras graças aos empréstimos do Minha Casa Minha Vida.
O pleno emprego faz a grana circular e hoje a pessoa pode construir o seu barraco com mais facilidade.
Quem está surfando na onda boa são os pedreiros que estão cobrando o olho da cara porque sabem que falta esse tipo de mão de obra.
Todos os bons pedreiros do mercado estão virando micro empresas pegando serviço e terceirizando.
Que nem o PSDB fez com o sistema de abastecimento de água em São Paulo.
Quando o “pedreiro terceirizado” chega, ele diz que sabe fazer tudo. Desde a alvenaria, hidráulica e elétrica.
A gente que é leso acha que acertou na loteria.
Quando o “pedreiro terceirizado” acaba a obra inacabada, até o teto está dando choque porque ele instalou uma luminária passando pela base de metal e deixou fios descapelado.
Só pode.
Mandei embora e lá vai eu contratar outro “pedreiro”.
Hoje chegou equipe nova e a minha grana acabando, por isso vou cozinhar para os galerosos para não ter que comprar quentinha.
Isso é o de menos.
Foda é ver eles pararem de trabalhar para teclar no Vapivapi a cada piriripipim.
E conversando amenidades entre eles, tipo “Pra Miami tá mais barato que pro Ceará, vou logo é comprar”.
Eles estão combinando ir para Miami fazer compras em dezembro e fazendo consultas de passagem com a mão cheia de cimento usando o Samsung que vira até sofá cama, maior que o meu.
Isso em hora de serviço, por isso que a bagaça não avança.
Do meu escritório eu fico ouvindo a lambança e pensando:
Será que mudo de profissão?
Não.
Melhor parar de votar na porra desses Malditos Petralhas.
Assim não fico morrendo de inveja de pedreiro.

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