O carnaval acabou, agora é só esperar o boi bumbá


O Brasil começa depois do carnaval, pelo menos do Rio pra cima. Dizem que do Rio pra baixo ele nem para. Problema deles. Pra quem acha que é um absurdo um país perder tanto tempo em férias é porque não sabe que em Manaus tem gente que termina o carnaval, já fica a espera do boi, e passando o boi, aproveita e não trabalha mais o restinho do ano. Não estou falando dos políticos, juro!!
O carnaval acabou, agora começa a festa.
Por falar em politicos, o ano não é de eleição, mas vai ser como se fosse. As artilharias já estão apontadas. Principalmente para os nossos ouvidos e bolsos. O gasto com campanhas já estão nas nuvens, e com dinheiro do contribuinte. Chega a dar orgulho de ser amazonense. Essa briga vai ser de foice porque o que está em jogo é a predominância dentro do mesmo grupo de interesses. Bom pra nós que vamos ver roupa suja lavada em publico, e talvez vejamos mais da sujeira que está escondida sob o tapete da política local e nacional. Porque esperar pela imprensa, é ruim heim!!
O carnaval acabou mas a vontade de rir não.
Fui ao sambadromo no dia do desfile das escolas do primeiro grupo de Manaus. A distancia entre os gastos de uma escola e outra era visivel a olho nú de longe mesmo sendo cego que nem eu. Com a chuva e a falta de grana de algumas, o que era pra ser um cocar exuberante, tava mais pra galinha magra molhada. Mas a parte engraçada do desfile foi a performance nos bastidores dos camarotes vips. O que tinha de "colunistas" trombando atrás de um lugar ao sol, querendo roubar a cena uma da outra, era uma escandalo. Tava um mar de veadinhos com microfone na mão querendo mostrar serviço pros "empreiteiros" e politicos que ficam na tranquilidade dos camarotes vips, saboreando os banquetes bancados pela patuleia molhada de chuva, que, alheia a tudo, se divertia embaixo. Aquilo sim é um circo romano. Panis et circences. E o ano nem começou, como dizia minha avó!
O carnaval acabou, agora pode fazer rave.
No circo romano chamado sambodromo, as classes são divididas por castas. A plebe rude fica na chuva sambando. Na parte superior da cadeia social, nos camorotes, ficam os politicos, autoridades, empreiteiros, colunistas socias se esbofeteando por atenção, e um sequito de convidados. Todos comendo e bebendo do melhor, as custas do dinheiro do contribuinte, a plebe rude que dança na chuva. Até ai é só mais um caso de policia e sem vergonhice. O que realmente estava incomodando eram as raves com suas musicas eletronicas que rolavam no ar refrigerado dos camarotes. A musica invadia o sambodromo. Imitando o que existe de mais cafona e bossal do carnaval baiano e carioca, a nossa elite baré com sua barriga de comer farinha e seus cordões de ouro dançando com suas loiras platinadas era a imagem do mau gosto. Aquilo é um sambodromo, é um carnaval. Eta cara de pau assim só aqui.

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