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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Enfim um reveillon sóbrio

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Comecei a beber aos nove anos de idade em um revellon na Rua Lauro Muller no bairro da Urca no Rio de Janeiro na casa de tias. Eu e um primo roubamos uma garrafa de vinho barato de cima da mesa farta e fomos beber com outra prima da mesma idade no vão da escada do prédio. Depois a família toda foi ver queima de fogos na Praia Vermelha e eu bêbado pra caralho. Gostei tanto da sensação que não parei até o dia de hoje, meu primeiro revellon sóbrio aos quarenta e oito anos de idade. Resolvi passar com meus pais o primeiro ano novo completamente de cara e não achei ruim, descobri ao acaso as delicias da sobriedade, e como estou na casa deles espero que não seja só mais um surto de sonso. Para passar o tempo resolvi conversar inutilidades com amigos pela rede. Encontro uma amiga de Manaus que tem alma de ema, feminino de emo, odeia alegria e principalmente alegria histérica coletiva de fim de ano, portanto fica em casa mais deprimida que o normal, falando mal da grande bobagem que é ficar fe

Feliz ano novo querida

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Hoje e sempre que possamos ser bregas, piegas, ridículos e kits pois essa talvez seja a ultima forma de se tentar a felicidade momentânea anestésica, fugaz e passageira que a raça humana ousa experimentar em átimos de segundos na sua brevíssima passagem por esse belo planeta azul. Sejamos felizes sempre que possível pois não existe nada mais cretino que alma clarisselizpectariana que cultua a dor. Ser emo nem pelo caralho. Tenta não se levar tão a serio e felicidades meu amor.

Decidindo começar a viver

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Perdi vinte em vinte e nove amizades Por conta de uma pedra em minhas mãos Embriaguei morrendo vinte e nove vezes Só aprendendo a viver sem você Já que você não me quer mais passei vinte e nove meses num navio E vinte e nove dias na prisão E aos vinte e nove com o retorno de saturno Decidi começar a viver Quando você deixou de me amar Aprendi a perdoar e a pedir perdão E vinte e nove anjos me saudaram E tive vinte e nove amigos outra vez Tudo recomeça Yarinha

Papai Noel não é neo-ambientalista

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Depois da COP 15 aqui em Copenhague resolvi passar o natal na Lapônia, terra do Papai Noel já que estou tão perto. Pedi para minha amiguinha chamar seus amigos ambientalistas pra gente tentar esquecer o fracasso da reunião mundial sobre o clima e tentar fazer uma festa de natal nas terras do velho traíra que deu um presente tão fuleiro esse ano. Pegamos um ferry boat na Dinamarca direto pra Oulu no Mar Baltico finlandês. Minha amiga chamou seus amigos Neo-Ambientalistas Criados em Cativeiro (NAC²) com seus modelitos new-hippie com cara de Daspu comprados na Daslu e fomos enchendo a cara de hidroponados até a Lapônia. Evidentemente estávamos todos cabisbaixos e putos da vida mas resolvidos a dar o trôco. Para tentar melhorar o astral resolvi abrir uma garrafa de Santo Daime que tinha comprado em uma loja de bebidas em Amsterdã dias atrás, já que é uma bebida ritualística muito apreciada no meio ambientalista. Ver a aurora boreal da Lapônia em estado de borracheira deve ser algo mágico

O Papai Noel generoso de Copenhague

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Na reunião sobre o clima em Copenhague na Dinamarca tem um Papai Noel mais sacudo que o normal. Enquanto o Papa Noel africano passa por cima do continente dizendo que não vai dar presentes para criancinhas que não comem, o da rica Dinamarca está soltando bilhões de dólares para comprar gás carbônico, na verdade peido das vacas e dos indígenas comedores de farinha, a flatulência amazonica . Por isso que tem tanta autoridade política, ONGS e afins se esbofeteando pelo dinheiro verde. As somas que eles falam na televisão lembram aqueles números dos astrofísicos quando falam das dimensões do universo e da velocidade da luz. Coisa difícil para um cérebro humano dimensionar. Esse natal vai ser gordo para alguns eleitos. Claro que nada na vida é de graça. A Amazônia na certa vai ser emprenhada nessas rodadas de negociações, e com os 23 milhões de não humanos que habitam nela. No pacote devem entregar com paca, tatu, cotia acho que não. O governador verde do Amazonas, Eduardo Braga, Amazonino

Minha Menina Recouver

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Letra trocada do Arnaldo Antunes Eu trato muito mal minha menina Um dia ela vai puxar o carro Da minha barba mal feita, meu catarro Um dia ela vai encher o saco Eu trato muito mal minha princesa Um dia ela vai virar a mesa O meu olhar só vê o meu umbigo Um dia ela não vai ficar comigo Eu olho para ela com desprezo Como um déspota destrata uma empregada Das grades do orgulho onde estou preso Eu maltrato a minha namorada Meu terno engomado, meu perfume Meu tédio, meu remédio digestivo Meu eterno pesadelo de ciúme Um dia desses ela vai me dar motivo E ficar sem migo E ficar sem migo E ficar sem migo sim Vai ficar sem migo Vai ficar sem migo Vai ficar sem migo só Eu trato muito mal minha pequena Um dia ela vai sair de cena E o remorso vai me torturar sem pena Quando a vir ao lado de outro no cinema Eu trato muito mal o meu amor Não rego com carinho a minha flor Depois de ver o que eu já fiz Com certeza ela vai sumir de vez Vai sumir sem migo Vai fugir sem migo Vai sumir sem migo sim E fica

METAL CONTRA AS NUVENS

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RENATO RUSSO Não sou escravo de ninguém Ninguém é senhor do meu domínio Sei o que devo defender E por valor eu tenho E temo o que agora se desfaz Viajamos sete léguas Por entre abismos e florestas Por Deus nunca me vi tão só É a própria fé o que destrói Estes são dias desleais Eu sou metal Raio, relâmpago e trovão Eu sou metal Eu sou o ouro em seu brasão Eu sou metal Sabe-me o sopro do dragão Reconheço meu pesar Quando tudo é traição O que venho encontrar É a virtude em outras mãos. Minha terra é a terra que é minha E sempre será Minha terra Tem a lua, tem estrelas E sempre terá Quase acreditei na tua promessa E o que vejo é fome e destruição Perdi a minha sela e a minha espada Perdi o meu castelo e minha princesa Quase acreditei, quase acreditei E, por honra, se existir verdade Existem os tolos e existe o ladrão E há quem se alimente do que é roubo. Mas vou guardar o meu tesouro Caso você esteja mentindo. Olha o sopro do dragão (4x) É a verdade o que assombra O descaso que condena A e

Amar não é pra qualquer um

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Quem levou tôco sabe, como a raposa que não alcança as uvas e passa a ter ódio delas. Desejar e não ter o objeto do desejo desperta a infantilidade enrustida. Melhor dar tôco do que levar. Levar tôco nem cristão legitimo agüenta. Quem leva tôco fica zil anos no purgatório dos otários, pois jacaré tem pra tudo que é lado e onça pintada não come bambi porque não tem, mas pega macaco, porco do mato, paca, tatu...cotia não. Filosofia zoo zen ajuda pra caramba a entender as sequelas da vida. Algumas meninas quando passam por tôco vão e dão pra curar as cicatrizes da rejeição e continuam se sentido só, mas adorariam ser Clarisse Lispector e poder dizer “gênero não me pega mais, estou em um estado novo e curioso”. Um bom samba canção e dentro dela não há nem eu...sem ela...e seu olhar melhora o meu.

A Tôuca do Noel

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O natal sempre dá um bode preto. Toda pessoa que faz algum tipo de reflexão histórica, filosófica, empírica sobre a vida, acha o natal uma festa vazia, imposta por culturas alienígenas e completamente sem sentido. A cultura consumista que envolve a data é tão alienante que muita gente simplesmente odeia o natal. Eu sou um. Porém resolvi não mais me importar com isso. Resolvi que não vou mais me incomodar quando a povo elege de novo políticos corruptos, quando o juiz erra sempre pro time mais poderoso, tipo São Paulo, quando a coisa acaba quando a festa esquenta e quando a gostosa sai com o cara que tem a coisa, e principalmente me importar com datas chatas que enchem o saco, tipo, natal e dias dos namorados. A solução encontrada é cair na gandaia também, festejar como todo mundo. Só que do meu jeito. Então pensei em uma festa pré natalina chamada “A Touca do Noel”. Seria uma espécie de esquenta pro carnaval, onde só entra quem vai de touca de Papai Noel, solamente, mas sem a obrigatori