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Mostrando postagens de setembro, 2009

Engarrafamento é coisa chic

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Manaus já pode ser chamada de metrópole. Somos que nem São Paulo, Rio, Nova York. Se vacilar nosso engarrafamento é maior. Dá para ver a cara de prazer dos nossos caboquinhos dirigindo seus automóveis, presos nos intermináveis engarrafamentos que nos enchem de orgulho, nos fazendo sentir parte da modernidade, da inserção global, do progresso. Dá prazer ver a cara de orgulho dos nossos nativos pilotando lentamente, languidamente seus automóveis reluzentes, querendo esquecer as canoas que até pouco tempo os levava para os rincões amazônicos. Tanto que até dirigem carros como se fossem canoas, ao sabor do remanso. Lindo mesmo vai ser quando finalmente os viadutos estiverem prontos. Que felicidade! Poder ver o mundo do alto, aos seus pés, e de lambuja de dentro dos seus brinquedinhos poderosos. Pena que os viadutos daqui tem tendência a cair, mesmo antes de usar. Mas isso é detalhe. Como pedestre e despeitado que sou, tenho que andar pelas ruas sem calçada porque rua é só pra carro, e entr

Pela CPI da imprensa já!!

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O caso de Veja por Luís Nassif O maior fenômeno de anti-jornalismo dos últimos anos foi o que ocorreu com a revista Veja.Gradativamente, o maior semanário brasileiro foi se transformando em um pasquim sem compromisso com o jornalismo, recorrendo a ataques desqualificadores contra quem atravessasse seu caminho, envolvendo-se em guerras comerciais e aceitando que suas páginas e sites abrigassem matérias e colunas do mais puro esgoto jornalístico. Para entender o que se passou com a revista nesse período, é necessário juntar um conjunto de peças. O primeiro conjunto são as mudanças estruturais que a mídia vem atravessando em todo mundo. O segundo, a maneira como esses processos se refletiram na crise política brasileira e nas grandes disputas empresariais, a partir do advento dos banqueiros de negócio que sobem à cena política e econômica na última década.. A terceira, as características específicas da revista Veja, e as mudanças pelas quais passou nos últimos anos. O estilo neocon De um

Saudade do tempo dos corruptos

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Adail Pinheiro, prefeito de Coari, homem ligado ao Eduardo Braga, o governador “verde” o homem do “orgulho de ser amazonense”, foi preso novamente pela Policia Federal. A policia atirou numa investigação de corrupção e acertou em crimes que envolvem pedofilia, cafetinagem de menores e crianças. Lendo os jornais do glorioso Amazonas, dá até saudade dos bons tempos dos políticos que só roubavam o dinheiro publico, só cometiam crimes de colarinho branco. Ou ao menos sabiam fazer mais bem feito os seus crimes, eram mais elegantes na aparência. Essa herança política que o Boto Tucuxi deixou, esse legado de 25 anos, só vem se deteriorando pelas gerações de políticos de quinta categoria formados pelo bando. Antes tinham as bichinhas colunistas sociais que freqüentavam o Salão dos Espelhos do Rio Negro e do Ideal Clube, promoviam concursos de miss com as adolescentes da cidade, que eram depois cafetinadas para os poderosos, que pagavam o serviço com o dinheiro publico desviado. Agora não, até

Pela CPI da Imprensa já!!

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Globo aplica o golpe do bilhete (nos moradores de Heliópolis) por Luiz Carlos Azenha Para quem ainda leva o Jornal Nacional a sério, os distúrbios em Heliópolis, a maior favela paulistana, foram causados por protestos... convocados por um bilhete, que prometia a distribuição de cestas básicas. Um bilhete assinado por Tiras. Que eu poderia ter escrito. Você. O Zé das Couves. A Globo não só apresentou como real essa teoria, como fez uma afirmação cômica, de tão acintosa: "Até agora as cestas básicas não foram distribuídas". Vai ver que foram. Taí algo que eu, se organizador de um protesto, não faria diante da polícia, nem das câmeras de TV, nem de repórteres. É uma versão tão fantasiosa quanto a idéia de que uma pessoa colocaria a própria vida em risco em troca de uma cesta básica... Como se a morte de uma adolescente de 17 anos, mãe de uma criança, não valesse absolutamente nada. Como se as manifestações não acontecessem dentro de um contexto social. Houve outros episódios rec

A guerra da granola

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Surfando pela internet li em um site que iria haver um workshop sobre aquecimento global com a Amazônia, coitada, de pato na estória. Eu continuo achando que a Califórnia polui mais que a Amazônia, mas ninguém me ouve. Como tava de bobeira enfiando peido em cordão, resolvi ir conferir o que ia rolar de novo no repetitivo debate. Ao chegar encontrei uma amiga que há anos não via. Ela estava mudada, estava mais hippie, mas despojada, mais largada. Usava um vestidão tipo indiano caiçara new-hippie todo estiloso, devia ser caro, tinha etiqueta Forum e tudo. Sentamos juntos e ficamos de papo pseudo cabeça até percebermos que estávamos incomodando os demais na sala do debate. Resolvemos sair e fui convidado por ela pra esticar até sua casa, comer, beber e conversar. Topei de primeira e entramos no seu fusquinha 69 amarelo, uma graça, uma verdadeira proteção antifurto, nenhuma ladrão em sã consciência roubaria aquilo. Passamos em um supermercado antes, eu empurrando o carrinho e ela enchendo